Caro amigo Manoel,
Uma coisa vou dizer
Eu não sei qual o papel
Que nasci para exercer
Vivo despreocupada
Caminhando nessa estrada
Muitas rotas a fazer.
Se faço literatura,
Quero lhe dizer que não,
Com rima às vezes brinco,
Sem nenhuma produção.
Nada feito com afinco.
Uma pobre inspiração
Gostando de Patativa,
Um bom amigo já é.
Esse poeta de fama,
Das bandas do Assaré.
A quem o mundo proclama,
Sua obra e sua fé.
Caso seja interessante
Palavras poder ceder,
Nesse labirinto errante,
Um dia nos conhecer,
Certamente esse instante
Para mim será prazer.
Se a condicional,
Repetida assim está,
Seu perfil virtual,
Eu fui lá bisbilhotar.
É barreira textual,
Comprometido não dá.
Sua estrada é traçada
Rebordada de ciência
A minha vereda roçada
Vê-se a grande diferença
A sua longo caminho
A minha pequeno ninho
Feito sem proficiência.
Tudo isso é brincadeira
Desculpas peço a você
Amizade verdadeira,
Uma rede a tecer
Urdidas em sinfonia
Novos acordes fazer.
